Anunciado pelo Governo Federal, o Plano Safra 22/23 começa a sua vigência a partir de julho e pretende fomentar a produção de alimentos e a inovação no agronegócio brasileiro. Veja como foi o anúncio e as principais informações sobre o novo plano!
Como um dos grandes setores da economia brasileira, o agronegócio se expande a cada ano, alcança recordes de produção, fomenta a geração de novos empregos, alavanca a agricultura familiar e aumenta as parcerias do Brasil com o exterior.
O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo, com grande variedade de produtos agrícolas e é também um dos grandes exportadores de produtos para o comércio internacional.
Mas, para produzir com qualidade e escalar a produção, o agronegócio também enfrenta desafios como a logística, o aumento dos custos de produção agrícola, as condições climáticas e a ação de pragas e doenças na plantação.
Sem contar os problemas que os produtores rurais enfrentam na própria gestão dos empreendimentos rurais, desafios que vão além das lavouras. Por isso, o Plano Safra 22/23, assim como os planos anteriores, é um dos maiores fomentadores do agro.
Os aportes em diversos programas ajudam a atingir um grande número de produtores nas mais diversas necessidades do campo, como a aquisição de máquinas agrícolas, manutenção e aumento da infraestrutura, inovação, tecnologia e muito mais!
Neste artigo você verá mais informações sobre o Plano Safra 22/23, a importância para a agricultura e pecuária, além dos destaques do lançamento.
O que é e como funciona o Plano Safra 22/23?
Anunciado no final de junho e com vigência para início de julho, a cerimônia contou com a presença do Presidente da República e de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e agentes ligados ao agronegócio brasileiro.
Para a edição 2022/2023, foi anunciado um aporte de R$340,88 bilhões até junho do próximo ano, um aumento histórico de 36% comparado com o ano anterior. Como você viu, o Plano Safra apoia os produtores rurais em diversas atividades no campo e fomenta a produção de alimentos nacional.
As verbas são divididas em diversos programas e planos, com objetivos diferentes, especialmente nas políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e médios produtores. Veja mais sobre as linhas de crédito:
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Crédito para custeio
O aporte financeiro é destinado para o custeio das atividades agropecuárias, dívidas referentes à safra e investimentos na atividade. É neste tipo de linha de crédito que estão inseridos os programas Pronaf e Pronamp, em que cada um possui taxa de juros, prazos e requisitos diferenciados.
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Crédito para investimento
Se o produtor rural deseja modernizar a sua fazenda, tornar seus processos mais sustentáveis, renovar a sua frota agrícola, melhorar a infraestrutura da sua fazenda e outros tipos de investimento, há uma linha de crédito específica para isso.
A partir de programas como o Moderfrota, Proirriga, Inovagro, Moderagro e outros, o produtor consegue crédito especial para aplicar em diversas áreas da sua fazenda, contribuindo direta ou indiretamente para a produtividade no campo.
Assim como a linha de crédito para custeio, cada programa para investimento também possui suas especificidades, teto de investimento, juros e condições específicas.
Cabe ao empreendedor do campo avaliar a sua necessidade e o tipo de investimento que precisa, bem como os requisitos para encaixar em cada programa e suas condições. Vale ressaltar que as linhas de crédito oferecem oportunidades únicas e com condições de pagamentos especiais para os produtores rurais.
Dessa forma, se tornam mais atrativas e conseguem grande adesão, levando recursos para quem precisa e quer escalar o seu negócio rural.
Quais os destaques do Plano Safra 22/23?
A cada ano, o governo traz novas resoluções e com o Plano Safra 22/23 não seria diferente. Por isso, é importante estar atento às condições, ao aporte financeiro e aos juros, que são distintos a cada ano. Veja neste tópico os pontos centrais da nova edição:
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Preocupação maior com o pequeno e médio produtor rural
Como maior fomentador da agricultura e pecuária brasileira, o Plano Safra 22/23 subsidia recursos para produtores rurais que não possuem recursos próprios para investir em seus negócios rurais.
Com isso, pequenos e médios produtores rurais acabam sendo os maiores beneficiários das políticas públicas, com taxa de juros especiais e acesso a recursos atrativos para a sua fazenda, entre eles os dois maiores programas de crédito rural, Pronaf e Pronamp.
O Plano Safra 22/23 anunciou para o Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar (Pronaf) R$53,61 bilhões em recursos, 36% maior que na safra anterior.
Já para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) foram destinados R$43,75 bilhões, representando um acréscimo de 28% em relação à edição anterior.
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Taxa de juros com pouca variação
Com a inflação e aumento do preço dos insumos e matéria-prima, era de se esperar que os juros também fossem mais altos. Mas, foi uma surpresa positiva para integrantes do setor os juros abaixo da taxa selic, que era uma pauta já discutida pelos representantes.
No geral, para o Pronaf, o juros ficou entre 5%, para produção de alimentos e sociobiodiversidade, e 6% para os demais produtos, ambos ao ano. Já o Pronamp foi anunciado com taxa de juros de 8% ao ano.
Para quem não entende de mercado financeiro, a taxa Selic, classificada como a taxa básica de juros do Brasil, delimita outras taxas de juros do mercado no cálculo de financiamentos, empréstimos e outros tipos de serviço, por exemplo. Além disso, é utilizada para regular a inflação.
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Cooperativas e grandes produtores rurais assistidos
Além dos programas voltados para o fortalecimento da agricultura familiar e de médios produtores rurais, cooperativas e grandes produtores também podem financiar os investimentos de suas propriedades com recursos do Plano Safra 22/23.
Ao todo, foram destinados R$243,4 bilhões para a agricultura empresarial, com taxa de juros de 12% ao ano, ante as taxas de 7,5% e 8% do Plano Safra 21/22. Entre as mudanças nos juros, este foi o que mais apresentou uma elevação percentual.
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Sustentabilidade em pauta
Não é de hoje que o Plano Safra abrange investimentos para a implementação de práticas sustentáveis no agronegócio. Muito em resposta à pressão de alguns mercados e a preocupação internacional com a fauna e flora do planeta.
Com isso, no Plano Safra 22/23 também foram anunciados aportes financeiros para subsidiar planos de sustentabilidade. Um deles é o Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), em que foram destinados R$6,19 bilhões, 23% a mais.
O Plano ABC visa o estímulo a práticas conservacionistas do solo, bem como o seu manejo, sistemas de integração de lavoura-pecuária-florestas e recuperação de áreas de pastagens degradadas. Mas as ações não param por aí!
A utilização de fontes renováveis de energia também está no centro das ações do plano. O Proirriga, que financia os sistemas de irrigação e suas melhorias, teve um acréscimo de 44% nos investimentos, atingindo R$1,95 bilhão.
Essa é uma ação muito positiva, visto que tem impactos diretos no consumo de água no campo e, consequentemente, na sustentabilidade. Em um estudo conduzido pelo pelo Mapa, nas safra passadas, cerca de R$187 bilhões já foram investidos em ações de sustentabilidade.
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Mais participação do setor privado
A grande expansão do agronegócio brasileiro nos últimos anos também chamou a atenção de investidores do mercado privado, que investem no agro por meio das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito Agropecuária (LCA) e da Cédula de Produto Rural (CPR).
Com isso, o governo sinaliza uma maior abertura do setor financeiro-privado no agro e, consequentemente, uma participação menor do setor financeiro-público. Dessa forma, a relação investidor-banco-produtor rural será mais próxima.
Mas o que é o LCA? Esse é o nome de um título de renda fixa emitido por instituições financeiras. Nesta modalidade, toda a captação serve para financiar as atividades agropecuárias e, com isso, o investidor recebe por isso.
A LCA funciona de maneira pós e pré-fixada. Na primeira o investidor saberá sobre a rentabilidade no momento do resgate, enquanto na pré-fixada ao adquirir o título ele saberá sobre o rendimento.
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inovação na agricultura
Não é de agora que o governo investe em inovações voltadas para o agro e conta com programas específicos para isso. O Inovagro, um dos programas do Plano Safra 22/23 que destina recursos para o incremento tecnológico nas fazendas, recebeu um aporte de R$3,51 bilhões.
Produtores que visam otimizar seus processos, aumentar a sua produtividade e melhorar sua gestão por meio da tecnologia e inovação poderão contar com esse recurso.
Conclusão
Neste artigo você leu sobre a importância do Plano Safra 22/23 para subsidiar e fortalecer o agronegócio brasileiro. Além dos pontos centrais que são importantes para movimentar o agro, como a inovação, investimentos privados e o apoio a agricultores familiares e médios produtores.
Também viu como funcionam as edições do plano safra, as diferentes destinações e linhas de crédito que auxiliam no escoamento dos recursos para atender às necessidades dos produtores. Se você quer saber como utilizar os recursos do plano para a aquisição da frota agrícola, entre em contato com a nossa equipe!
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Por Thais Rodrigues*
*Estagiária sob supervisão de Isabela Azi
FONTES:
Canal Rural – https://www.canalrural.com.br/
Exame – https://exame.com/
Money Times – https://www.moneytimes.com.br/
Cresol – https://blog.cresol.com.br/