Uma boa produção depende também da forma com que o produtor rural atua contra os patógenos no campo, como as pragas, doenças e plantas daninhas. Em relação às ervas daninhas, elas passam a competir por recursos na fazenda e, por isso, são também responsáveis pela redução na produtividade. E como reduzir a sua ocorrência no campo?
Quando uma nova safra se inicia, além da preocupação em garantir que os processos sejam feitos dentro do prazo, com insumos e operações, o produtor rural precisa ter atenção aos fatores que podem causar a redução da produtividade. Uma delas é a ocorrência de plantas daninhas.
Você sabia que a presença de plantas daninhas pode ocasionar uma perda de 13% a 15% da produção de grãos? Quando não controladas, essas perdas são ainda maiores e podem comprometer até 90% da produção.
Essas plantas crescem em locais inadequados, competindo com a cultura principal por recursos vitais para o desenvolvimento da lavoura. Por afetar diretamente o rendimento da lavoura e, consequentemente, do negócio rural, elas precisam ser controladas desde a fase inicial da produção.
Mas como essas plantas interferem no processo agrícola? E, como controlar corretamente a presença de plantas daninhas no campo, realizando ações mais assertivas?
As respostas para essas e outras perguntas, você encontrará nos tópicos a seguir desse texto, que trata sobre os métodos de controle de plantas daninhas, o manejo integrado de daninhas e como a pulverização agrícola é eficaz para fazer o manejo.
Como as plantas daninhas interferem na produtividade da lavoura cultivada?
Maiores custos com o manejo, redução da produtividade e perda da qualidade do produto agrícola, esses são alguns dos prejuízos que a presença de plantas daninhas pode causar na lavoura. Mas esses não são os únicos problemas que fazem as daninhas provocarem a perda de produtividade.
De fato, elas conseguem se adaptar a diferentes ambientes. Por isso, são grandes competidoras por água, nutrientes e espaços com a cultura principal. Mas, para além, elas ainda podem ser hospedeiras de patógenos como insetos e pragas.
Algumas espécies de plantas daninhas também são capazes de liberar toxinas que afetam diretamente o desenvolvimento saudável de outras culturas e quando não há nenhum manejo adequado, podem atrapalhar a colheita.
É por isso que o produtor deve agir rapidamente quando identificar as plantas invasoras no campo. Afinal, elas conseguem se espalhar de forma veloz e produzir muitas sementes que acabam germinando de maneira desuniforme, o que pode dificultar o seu manejo.
Plantas daninhas e perda da qualidade da produção: quais os prejuízos causados?
Para uma cultura se desenvolver de maneira saudável e, ao final do processo produtivo, resultar em um produto agrícola de qualidade, é necessário o emprego de boas práticas e a garantia de condições favoráveis.
Entre essas condições estão a exposição solar, o acesso a recursos hídricos, macro e micronutrientes e atenção à densidade populacional por hectare. Mas quando uma planta invasora consegue disseminar no campo, toda essa dinâmica é alterada.
Como você viu acima, as plantas daninhas podem afetar a cultura de diferentes formas, indo além da competição por recursos. Sem contar também que a sua presença na lavoura pode afetar o seu valor comercial.
Todos esses prejuízos causados na safra vão além da perda da produtividade, comprometendo, inclusive, o desenvolvimento da cultura que, por fim, leva a um produto com uma qualidade inferior.
Além disso, na etapa de colheita, as plantas daninhas podem dificultar a operação e causar danos aos grãos colhidos. Mas, diante de tantos problemas causados pelas plantas daninhas na plantação, como prevenir essas invasoras no campo?
No próximo tópico, você verá os principais métodos empregados no seu manejo!
Quais métodos empregar no controle de plantas daninhas na fazenda?
Na agricultura moderna, com o avanço da ciência e tecnologia, muitas técnicas de manejo de plantas daninhas já são empregadas em todo o mundo, trazendo resultados positivos.
Veja abaixo os principais métodos de controle, que vão além da aplicação de defensivos e que podem ser aplicados para a fazenda conseguir controlar com êxito as invasoras:
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Método químico
Muitas vezes, quando algum tipo de patógeno penetra na lavoura, o primeiro pensamento do agricultor é utilizar os defensivos agrícolas para combater o patógeno. No manejo de plantas daninhas, a aplicação de herbicidas também se mostra muito efetiva.
Entre as vantagens da aplicação do método químico estão: a prevenção do surgimento das ervas daninhas, maior flexibilidade na época de aplicação, baixo número de pessoas envolvidas e um bom rendimento operacional. Contudo, é preciso ter muita atenção quanto à pulverização agrícola.
Erros no momento da pulverização agrícola podem ser comuns. Porém, eles colocam a perder os resultados para o controle efetivo dessas ervas, além de ocasionar riscos à segurança do consumidor com uma possível contaminação. Ademais, é fundamental garantir que a máquina agrícola esteja bem regulada.
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Método físico
No método físico, é muito comum a utilização de técnicas mais tradicionais, como a manutenção de cobertura morta, que forma uma barreira para o desenvolvimento de daninhas, o aumento da temperatura do solo a partir da solarização e a inundação da área.
O fogo também é um método de controle físico, mas que é bem limitado devido às práticas ambientais e aos altos custos da aquisição de combustíveis, além de poder prejudicar a estrutura do solo.
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Controle biológico
Com o avanço da ciência, hoje já é possível utilizar parasitas e patógenos para reduzir a população de plantas daninhas, um método possibilitado a partir de muitos estudos. Dessa forma, o inimigo natural da planta daninha atua principalmente diminuindo a densidade populacional da erva a um nível que seja incapaz de causar danos econômicos.
Para isso, o primeiro passo é descobrir um inimigo natural específico e que não seja capaz de trazer prejuízos para a cultura principal. A partir disso são feitos testes experimentais para comprovar a sua efetividade.
Há também a possibilidade de aplicar uma concentração de microrganismos de vírus, fungos ou bactérias em uma população de plantas daninhas, o que causa um rápido controle dessa população.
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Manejo preventivo
Além da aplicação de insumos, inserção de inimigos naturais ou métodos físicos para o controle de plantas daninhas, uma das formas que também traz resultados é o manejo preventivo.
No manejo preventivo, toda a área de plantação é constantemente monitorada, como uma forma de identificar preventivamente uma possível espécie de daninha antes mesmo que ela comece a afetar outras áreas e causar danos econômicos.
Como o próprio nome indica, o foco do manejo é evitar a entrada das plantas daninhas do campo, concentrando em ações preventivas muito mais do que na erradicação.
Mas você sabia que ainda existem boas práticas que, combinadas com os métodos de manejo de plantas daninhas, podem potencializar ações que previnam a entrada delas no campo? No próximo tópico, você entende detalhes sobre isso!
Quais os fatores que contribuem para o manejo de plantas daninhas?
Para além dos métodos mais conhecidos e empregados na fazenda, que podem ser combinados para uma melhor efetividade, há também um conjunto de boas práticas que facilitam essa prevenção. Essas práticas, geralmente, já fazem parte da rotina do produtor. São elas:
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Seleção rigorosa de sementes
Se você acompanha o blog da Cerrado, já sabe que, para um cultivo mais rentável, a seleção dos híbridos deve seguir critérios rigorosos. Isso porque é preciso garantir que fatores genéticos, sanitários, físicos e fisiológicos sejam considerados.
Esses critérios trazem mais segurança ao produtor e também ao seu negócio rural, já que é preciso investir em híbridos adequados e que estejam livres de fungos, bactérias, vírus e demais patógenos que podem comprometer a plantação.
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Limpeza correta dos equipamentos
A limpeza adequada dos equipamentos utilizados durante o processo produtivo evita que esses sejam vetores de sementes de plantas daninhas. Por isso, o recomendado é sempre seguir as recomendações de higienização da máquina, conforme instruções do fabricante.
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Tecnologia de aplicação
Para poder alcançar bons resultados com a pulverização agrícola, o produtor precisa investir em uma aplicação segura e mais precisa, que alcance o alvo desejado. Afinal, não basta ter o melhor produto se ele não chega no local.
Por isso, o investimento em máquinas e tecnologias de aplicação é fundamental para conseguir aumentar o rendimento operacional da pulverização e reduzir também os riscos de deriva.
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Práticas conservacionistas
Cobertura vegetativa, rotação de culturas e plantio direto são algumas das práticas mais conhecidas e aplicadas na agricultura atual. Isso porque são práticas que visam conservar a estrutura do solo, promovendo diversos benefícios, como auxílio no controle das daninhas.
Conclusão
As plantas daninhas podem ser muito nocivas para a lavoura, competindo por recursos vitais e atrapalhando o desenvolvimento saudável da cultura principal. Por isso, o manejo de plantas daninhas é essencial para uma atividade agrícola mais rentável.
No texto, você conferiu sobre os métodos de manejo de plantas daninhas, como a presença dessas ervas reduz a qualidade dos produtos agrícolas e porque elas causam a perda da produtividade. Além disso, práticas que potencializam as ações de manejo.
Se você quer investir cada vez mais na sua atividade agrícola e obter melhores resultados com a lavoura, venha conhecer os pulverizadores da Case IH, marca parceira Cerrado, e se surpreenda com a potência, tecnologia e precisão nas operações!
FONTES:
Embrapa – https://www.embrapa.br/
Agro Bayer – https://www.agro.bayer.com.br/
Agropós – https://agropos.com.br/