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Por onde começar na adubação de soja na sua lavoura?

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Entre as práticas agrícolas empregadas no manejo da cultura da soja está o manejo correto da adubação. Afinal, a adubação de soja contribui para se alcançar altas produtividades e, por isso, é importante saber por onde começar para garantir os resultados desejados. Mas como conseguir atender as necessidades nutricionais desta cultura? Venha conferir aqui!

 

Quando se fala em grandes commodities agrícolas, conseguir aumentar a produtividade safra após safra é um dos principais objetivos dos produtores rurais. Afinal, são culturas lucrativas com alta competitividade no cenário internacional.

 

Por isso, é preciso atenção aos tratos culturais, desde o plantio à colheita, para se atingir esse objetivo. No início da lavoura, a maior preocupação deve ser garantir as condições ideais do desenvolvimento das plantas e isso inclui a adubação de soja.

 

Os adubos são indispensáveis para se alcançar culturas mais produtivas e, na fazenda, eles são empregados para atingir as necessidades nutricionais da planta, além de contribuir para um solo mais saudável. Contudo, a adubação de soja requer certos cuidados para que não ocorram erros na aplicação.

 

Mas como começar a adubação de soja de maneira certa e respeitando as necessidades da cultura? Neste artigo, você confere as principais recomendações para fazer a adubação de soja, manejando corretamente nutrientes essenciais como fósforo, nitrogênio e potássio.

 

Além disso, o texto aborda as principais necessidades nutricionais da soja e como a pulverização de fertilizantes auxilia neste sentido.

 

Por que é importante entender as necessidades nutricionais antes de começar a adubação da soja?

 

Você sabia que a maioria dos solos brasileiros não fornece a quantidade adequada de nutrientes que as culturas precisam? Dessa forma, a necessidade de adubação é uma realidade na maioria das fazendas brasileiras.

 

É através da manutenção da adubação que o solo e a produção agrícola podem continuar, já que a cada safra a cultura extrai os nutrientes do solo. Na ausência dessas substâncias, a plantação pode ser muito prejudicada e isso traz impactos também na produtividade do cultivo.

 

Com a adubação de soja ocorre a mesma coisa. Adubação não é uma receita que pode ser reproduzida em qualquer cultura e em todas as épocas do ano, pelo contrário, é preciso ter planejamento para que a execução seja assertiva e não ocorram falhas.

 

As características do solo, condições climáticas e particularidades do híbrido selecionado também são fatores que podem diferenciar a necessidade por nutrientes. O mesmo ocorre também com o tipo de cultivo plantado anteriormente.

 

É por isso que o produtor rural precisa considerar em seu planejamento a adubação de soja, já que o manejo pré-semeadura também envolve a necessidade de complementação de nutrientes. Porém, por onde começar? O primeiro passo é saber identificar a necessidade.

 

Quais são os nutrientes mais comuns na adubação de soja?

 

Você viu no tópico anterior que existem alguns fatores que podem influenciar a necessidade de nutrientes de um cultivo e eles precisam ser considerados. Mas, outro ponto é saber identificar a necessidade nutricional da cultura, justamente para identificar se ela está sendo cumprida. Você sabe como fazer isso?

 

O primeiro passo é identificar como está a composição de nutrientes do solo e, principalmente, o seu pH. Na adubação de soja, o pH do solo exerce influência na disponibilidade de nutrientes para a cultura, mesmo com uma boa oferta.

 

Além disso, pela análise de solo, é possível descobrir as deficiências e, consequentemente, realizar uma fertilização mais equilibrada.

 

Quando falamos em adubação de soja, é preciso garantir macro e micronutrientes como:

  • Nitrogênio

Um dos mais importantes macronutrientes da soja é o nitrogênio, que é absorvido principalmente pela fixação simbiótica. Neste processo, bactérias que ficam nas raízes da planta fixam o nitrogênio presente no ar, disponibilizando posteriormente para o vegetal.

 

Pelo processo de fixação do nitrogênio ser feito por bactérias, muitos estudos apontam que a adubação com nitrogênio mineral pode atrapalhá-lo. Contudo, quando a nodulação das raízes não está boa, o produtor rural pode sim realizar complementação.

 

É preciso ter cuidado, entretanto, para que a dosagem não seja superior a 20 kg por hectare. Para isso, é preciso seguir recomendações corretas e, em muitos casos, realizar a inoculação em contato com a semente da soja.

  • Fósforo

A presença de fósforo na adubação da soja contribui principalmente para que a cultura consiga realizar os seus processos metabólicos. A deficiência desse nutriente pode causar a redução do crescimento das plantas e, como consequência, baixa produtividade.

 

Além disso, na fazenda, pouco do que é aplicado de fósforo no solo é aproveitado pela planta. Outro ponto é que, grande parte dos solos brasileiros apresentam uma deficiência de fósforo e, por isso, a fosfatagem é necessária.

 

A fosfatagem é justamente a correção da quantidade desse nutriente no solo. Nesse caso, a composição do solo e também o bioma da região da fazenda vão influenciar as quantidades consideradas ideais de fósforo no solo.

 

No Cerrado, por exemplo, quanto maior o teor de argila encontrado no solo, maior será a necessidade de teor de fósforo. Considerando um solo com teor de argila maior de 60%, o recomendado é que o teor de fósforo esteja em torno de 2 a 3 mg por decímetro cúbico.

  • Potássio

Junto com fósforo e nitrogênio, o potássio forma a adubação NPK, muito conhecida na adubação de diversas culturas. Em solos como o do Cerrado, por exemplo, os níveis de potássio são inferiores à necessidade nutricional da planta e, por isso, há necessidade de adubação.

 

Além disso, a aplicação de potássio também está relacionada ao aumento de produtividade. Para isso, o recomendado é aplicar cerca de 20 kg de K2O para cada estimativa de produção de 1.000 kg.

  • Cálcio, Enxofre e Magnésio

Outros macronutrientes importantes para a adubação de soja são cálcio, enxofre e magnésio. O melhor é que as operações agrícolas como calagem e gessagem, muito praticadas no campo, contribuem para fornecer os teores necessários desses nutrientes.

 

Além disso, essas técnicas auxiliam na manutenção do pH ideal do solo, melhoria das condições do solo e muito mais. Ou seja, com apenas uma operação já é possível obter diferentes benefícios.

 

Para o produtor conseguir identificar deficiências de cálcio, enxofre e magnésio, é preciso conferir a coloração das folhas e seu aspecto. Isso vale também para os demais macronutrientes.

  • Micronutrientes

Além dos nutrientes que você viu acima, os quais precisam estar em alta disponibilidade por conta das necessidades do cultivo, há também os micronutrientes. Esses são os nutrientes exigidos pelas culturas em menor quantidade.

 

No caso da adubação da soja são: o zinco, manganês, cobre, boro, molibdênio e ferro. Todos esses nutrientes, de acordo com os estudos feitos pela Embrapa, conseguem potencializar a produtividade da cultura.

 

Para isso, a Embrapa recomenda a aplicação de:

  • Zinco: 4 a 6 kg/ha
  • Manganês: 2,5 a 6 kg/ha
  • Cobre: 0,5 a 1 kg/ha
  • Boro: 0,5 a 1 kg/ha
  • Molibdênio: 50 a 250 g/ha

Os nutrientes auxiliam no enchimento dos grãos e no crescimento da plantação. Eles também estão presentes em processos vitais da planta, como absorção de nitrogênio e água. Ou seja, os nutrientes possuem variados benefícios para a soja.

 

Por isso, uma das etapas da semeadura é o correto manejo do solo e a aplicação de fertilizantes, principalmente para que essa adequação ocorra antes mesmo das primeiras sementes se desenvolverem.

 

Como complementar técnicas na adubação de soja?

 

A aplicação de fertilizantes é um passo extremamente importante. Afinal, não basta ter os dados em mãos e saber quais as necessidades da cultura na sua fazenda, é preciso saber também como realizá-la. Para isso, é possível fazer a aplicação de defensivos de diferentes formas, como a lanço e por pulverização.

 

A aplicação a lanço é uma das principais formas de aplicação nas lavouras, que consiste na aplicação antecipada no solo, seja em quantidades divididas ou quantidades totais. Já na aplicação por pulverização, o fertilizante é diluído em água e absorvido através das folhas.

 

Essas duas técnicas podem ser complementares, já que a planta pode absorver por epiderme, estômatos e cutículas, que são as vias de absorção dos fertilizantes. O que irá diferenciar a aplicação a lanço da pulverização é o tipo de nutriente.

 

Nutrientes como o manganês, cobalto e molibdênio têm resultados satisfatórios com a adubação foliar, enquanto isso a adubação de outros nutrientes deve ser feita a lanço. Por isso, antes de definir o tipo de aplicação, é preciso primeiro entender como ocorre a absorção dos nutrientes pela planta.

 

Além disso, ao optar pela adubação foliar, também é preciso ter uma pulverização que seja eficiente, com o emprego da máquina ideal, com a regulagem feita e também condições propícias de pulverização.

 

Conclusão

 

A adubação da soja é um passo fundamental para se alcançar altas produtividades com o cultivo e principalmente atender suas exigências nutricionais para um desenvolvimento mais saudável. Por isso, é preciso conhecer as exigências nutricionais da cultura.

 

No texto, você conferiu quais são os macros e micronutrientes essenciais para a adubação da soja e os ganhos que esses nutrientes entregam para a lavoura. Além disso, viu também por qual razão é importante entender as necessidades nutricionais da planta e como fazer a aplicação.

 

Se você quer conhecer mais sobre as culturas e como as máquinas agrícolas empregadas no campo contribuem para a produção, acompanhe a Cerrado! No Instagram, Facebook e YouTube, você acessa conteúdos do agro e entende como aumentar a sua produção.

 

FONTES:

Embrapa – https://www.embrapa.br/

Aegro – https://blog.aegro.com.br/

Agrotécnico – https://www.agrotecnico.com.br/

Agropós – https://agropos.com.br/

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