No cultivo de milho, a presença de patógenos é um sinal de alerta, já que esses invasores, além de causarem grandes estragos na lavoura, prejudicam muito a produtividade do cultivo. Por isso, um dos métodos mais comuns de controle de patógenos é fazer a pulverização do milho, que integra os tratos culturais em conjunto com outras formas de manejo. E por onde começar?
Uma safra finaliza, enquanto outra se inicia e uma das preocupações do produtor rural com a sua lavoura se repete: o controle de patógenos no campo. Pragas, doenças e plantas daninhas, apesar de serem comuns em inúmeras lavouras, não deixam de causar estragos significativos no cultivo.
Perda da produtividade, comprometimento de sistemas importantes das plantas e até mesmo a morte do cultivo. Se não controlados corretamente, o produtor pode perder toda a qualidade do produto agrícola pela ação dos patógenos. Por isso, um dos importantes tratos culturais é a pulverização.
Em relação ao cultivo de milho, um dos importantes produtos agrícolas nacionais, a pulverização como controle químico de doenças e ervas daninhas tem se mostrado próspera, aliada a outros cuidados e formas de manejo de patógenos.
Para ter uma melhor resposta do controle de patógenos no campo, é preciso entender a estratégia por trás da pulverização do milho. Mas por onde começar?
Neste texto, você entenderá as condições ideais para a pulverização do milho, os objetivos desse manejo e as épocas para a aplicação de defensivos químicos, como pré-plantio e pré-emergência. Além do papel do pulverizador agrícola neste processo.
Por que se busca aumentar o desempenho da pulverização do milho?
A produção de milho no Brasil é um dos grandes destaques mundiais do cultivo. Para se ter uma ideia, a produtividade média brasileira aumentou de 2.000 kg/ha para 5.855 kg/ha nas últimas três décadas.
Tudo isso é fruto do trabalho consistente executado dentro das fazendas, que concilia conhecimento, técnica e tecnologia. Contudo, os desafios também marcam a produção brasileira de milho, principalmente o manejo de doenças, pragas e plantas daninhas.
O controle químico, através da pulverização agrícola, é um dos métodos mais empregados nas fazendas e que nos últimos anos passou por investimentos significativos, com a criação de novas tecnologias e avanço do conhecimento.
Tudo isso permite mais assertividade no controle e distribuição dos produtos no campo, além de contribuir para a eficiência de outras formas de manejo. Por isso, é importante garantir as condições ideais para a pulverização do milho.
No próximo tópico, veja quais condições são essas e como garantir o devido controle de pragas, doenças e plantas daninhas, diminuindo a sua incidência no campo.
Quais as condições ideais para a pulverização do milho?
O processo de pulverização do milho, assim como em outras culturas, vai além da distribuição de produtos no campo. Na verdade, existem fatores que são determinantes para o sucesso da operação, como o planejamento, as condições climáticas, o tipo de patógeno e a estratégia de aplicação.
Pontos importantes como esses devem ter atenção do produtor rural, já que influenciam na performance e também evitam perdas do produto, o que se chama de deriva. Veja mais abaixo:
-
Monitoramento constante
É muito comum a ocorrência de patógenos no início da cultura, entre 20 e 55 dias após a emergência, que é considerado o período crítico da planta. A cigarrinha-do-milho e a ocorrência de plantas daninhas são muito comuns nessa etapa.
Por isso, muitos produtores fazem a pulverização do milho no início da cultura. Contudo, é possível que ataques de patógenos voltem a aparecer em outros estágios de desenvolvimento.
Dessa forma, o monitoramento constante do cultivo é essencial para conseguir identificar os primeiros sinais e evitar que esse patógeno se desenvolva descontroladamente e atinja outros talhões.
-
Seleção do produto
A seleção do produto é algo que também influencia na pulverização do milho, principalmente quando diz respeito a sua procedência, forma de preparo da calda e também aplicação. É importante destacar que o produto precisa ter certificação do Ministério da Agricultura.
Além disso, insumos biológicos para o tratamento e controle de patógenos vem crescendo no campo e gerando resultados significativos, podendo ser uma estratégia complementar.
-
Umidade do ar
A baixa umidade do ar impõe uma série de desafios para a absorção do produto pelas plantas. Isso porque, na falta de uma boa umidade do ar, o produto pode secar rapidamente, o que atrapalha seu processo de transposição.
E qual seria a umidade ideal? Recomenda-se umidade do ar na faixa de 50%. Percentuais abaixo disso podem comprometer a pulverização do milho e, com isso, inviabilizar a operação.
-
Temperatura
Não é surpresa para ninguém, a temperatura é uma das condições climáticas que tem forte influência nas operações do campo, independente da fase do cultivo. No caso da pulverização do milho, as temperaturas elevadas podem ocasionar evaporação do produto antes mesmo de atingir o seu alvo, dependendo do tamanho da gota.
A temperatura ideal para a pulverização é entre 12ºC e 35ºC, ou seja, uma boa cobertura de temperatura, indo desde uma temperatura moderadamente baixa, até uma moderadamente alta.
-
Velocidade dos ventos
Para completar sobre as condições climáticas, a velocidade dos ventos também é um ponto de atenção para a pulverização do milho. Assim como o clima agradável, a velocidade dos ventos deve estar entre 3 km/h e 6 km/h para viabilizar a operação e evitar que o produto seja depositado em áreas inapropriadas.
Esse conjunto de cuidados é determinante para que o produtor rural tenha mais segurança para iniciar a operação e maior assertividade que o produto atingirá o alvo. Não existe um melhor horário, mas sim um conjunto de fatores que tornam ou não a pulverização do milho mais eficiente.
Além disso, você sabe como as épocas de aplicação dos defensivos podem contribuir para o controle dos patógenos? No próximo tópico, confira em quais épocas fazer a pulverização do milho.
Existe uma época ideal para fazer a pulverização do milho?
Plantas daninhas, pragas e doenças, se não controladas, podem afetar muito a produtividade de uma lavoura. Um exemplo, é a interferência de plantas daninhas, que podem causar impacto e reduzir a produtividade entre 10% e 85%.
Para que isso não ocorra, existem épocas mais assertivas para a aplicação de herbicidas, o que pode contribuir para o controle e integração da estratégia de manejo. Veja abaixo:
-
Pré-plantio
Antes de iniciar a semeadura, o produtor rural precisa preparar o terreno para receber a nova cultura. Entre esses cuidados está o controle de ervas daninhas no pré-plantio, que consiste na aplicação de herbicidas capazes de matar essas ervas.
Normalmente, essa aplicação ocorre poucos antes da semeadura. No entanto, as características do produto, a dose e a textura do solo são fatores importantes para determinar esse tempo.
A aplicação no pré-plantio é interessante, pois serve como uma cobertura a mais no solo, principalmente em solos nos quais se conserva a palhada.
-
Pré-emergência
Outro momento de aplicação de herbicidas é na pré-emergência, que coincide normalmente com a fase de germinação das sementes e surgimento das plântulas. Essa aplicação ocorre antes da emergência de plantas daninhas no campo.
A aplicação de herbicidas nessa fase serve principalmente para inibir a atividade de fotossíntese das ervas daninhas, mas é preciso ter atenção às plantas sensíveis à aplicação desse tipo de produto para não prejudicar a cultura principal.
-
Pós-emergência
Por último, há a aplicação de herbicidas no pós-emergência, ou seja, quando tanto a cultura principal, quanto as plantas daninhas já estão emergidas. Essa fase, tem algumas particularidades relacionadas ao desenvolvimento da erva daninha, indo desde a pós-emergência precoce até a pós-emergência inicial.
Nessa fase, a aplicação potencializa o efeito residual até mesmo para a fase de colheita mecanizada, reduzindo muito o potencial de dano das plantas daninhas na última etapa do cultivo.
-
Tratamento tardio
Como o próprio nome indica, o tratamento tardio serve principalmente como caráter residual para a colheita, principalmente no controle de daninhas posteriores. Ademais, acaba por complementar as aplicações feitas anteriormente, além da aplicação do produto nas entrelinhas do cultivo.
Conclusão
Para um cultivo de milho mais produtivo, o controle de patógenos na lavoura é indispensável e deve ser feito corretamente para evitar prejuízos. Mas para isso, existem estratégias na pulverização do milho que contribuem para uma melhor resposta no manejo.
No texto, você pôde ter acesso a estratégias de aplicação de produtos, em diferentes fases do cultivo e também do desenvolvimento de ervas daninhas. Além disso, viu quais cuidados são importantes para uma operação mais segura e com melhor desempenho.
Se você quer elevar a sua pulverização e ter maior assertividade ao atingir o alvo, não deixe de conferir o portfólio de pulverizadores da Case IH, marca parceira Cerrado, que investe em tecnologia de aplicação que contribui para a eficácia no manejo de patógenos!
Com a linha Patriot, o produtor rural tem um melhor controle e precisão na aplicação do produto, além de serem desenvolvidos para operar até mesmo em terrenos irregulares e condições adversas. Fale com a nossa equipe e venha conhecer!
FONTES:
Embrapa – https://www.embrapa.br/
Biomatrix – https://sementesbiomatrix.com.br/blog/
Aegro – https://blog.aegro.com.br/
Mais soja – https://maissoja.com.br/