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Quebra de safra: como reduzir os prejuízos no negócio rural

quebra de safra

Por mais que o produtor rural planeje a sua safra e tenha uma boa execução, nem tudo pode ser controlado, como é o caso da quebra de safra. Contudo, é possível reduzir os impactos no negócio rural e enfrentar cenários adversos como este. Veja como no texto!

 

Na produção agrícola, além do produtor rural ter de lidar com um processo produtivo complexo e estar sempre investindo na sua produção para alcançar uma maior produtividade, ainda é preciso enfrentar fatores que vão além do seu controle.

 

A estiagem e a escassez de chuvas, por exemplo, são fenômenos comuns e que causam grande influência na produção, assim como demais condições de clima adverso. Tudo isso causa a quebra de safra, que nada mais é que uma redução significativa na produtividade.

 

Mas não é apenas os fenômenos climáticos que são responsáveis por essa diminuição. Pragas, doenças e manejo incorreto também são causas que contribuem para essa redução na produção agrícola.

 

Por sua vez, com a produtividade comprometida, os consumidores também sentem as consequências. Afinal, a disponibilidade no mercado diminui e os preços aumentam. Dessa forma, ocorre uma reação em cadeia, que pode afetar diversas culturas em épocas diferentes.

 

Todos esses fatores geram desgaste no negócio rural, já que o produtor conta com a boa produtividade da safra para ter lucratividade. Então, como lidar melhor com cenários adversos como este?

 

Nesse artigo, você confere informações sobre a quebra de safra, seus motivos e o impacto na produtividade da lavoura. Além disso, vamos falar sobre como reduzir esses prejuízos no negócio.

 

Afinal, o que é a quebra de safra?

 

Quando o produtor inicia uma nova safra, ele estima que a cultura atinja uma determinada produção. Contudo, quando a lavoura não atinge essa produtividade esperada, ele se depara com uma baixa eficiência, o que se chama de quebra de safra.

 

No contexto agrícola, quando a quebra de safra ocorre, os impactos negativos são em grande parte absorvidos pelo próprio produtor, mesmo com uma indústria e consumidores que dependem do produto agrícola. Afinal, é investido tempo, recursos e dinheiro na produção.

 

Esse problema gera grandes prejuízos para o empreendedor do campo, que não conseguirá recuperar o valor investido na safra em curto prazo e vai arcar com custos a mais para uma nova produção. Com esse contexto, é fácil entender que a quebra de safra também pode causar uma instabilidade financeira no negócio rural.

 

Se você já teve uma quebra de safra na sua fazenda sabe muito bem como isso impacta o negócio e pode demorar para recuperar esse prejuízo momentâneo. Mas você sabe quais são as principais causas da quebra de safra?

 

No próximo tópico, você verá quais são os principais motivos que ocasionam a quebra de safra. Assim, será possível se preparar para quando essas situações acontecerem. Veja abaixo!

 

Quais são os fatores que ocasionam a quebra de safra?

 

Na produção agrícola, existem fatores que podem ser controlados pelo produtor, como o manejo do solo, a manutenção de máquinas agrícolas, a aplicação de nutrientes, irrigação e outros. Contudo, existem certos aspectos imprevisíveis.

 

Esses aspectos são justamente os que contribuem para a quebra de safra e, muitos deles, você pode já ter enfrentando na sua fazenda. Confira quais são:

  • Eventos climáticos extremos

Temperaturas negativas, déficit hídrico ou excesso de chuvas e rajadas de vento são alguns dos eventos climáticos extremos que mais prejudicam as plantas, em qualquer estágio do cultivo, ocasionando a quebra de safra.

 

No caso da temperatura, ambos os extremos podem ser prejudiciais. Ou seja, temperaturas altas ou baixas estão associadas à falta de desenvolvimento das plantas e até mesmo ao estresse térmico. Muitas plantas também podem chegar a morrer.

 

Por sua vez, as rajadas de vento são responsáveis principalmente pelo tombamento das plantas, principalmente reduzindo a sua proporção.

 

Além disso, outro evento climático bastante comum são as chuvas. Tanto a falta de precipitações, quanto o seu excesso nas lavouras podem ser prejudiciais. As chuvas em demasia podem provocar alagamentos na lavoura e também causar a derrubada de frutos. Em contrapartida, quando acontece a escassez de chuvas, as plantas podem passar por um estresse hídrico, o que diminui a produtividade.

 

Muitos desses eventos climáticos são ocasionados por fenômenos climáticos, como o El Niño ou o La Ninã, que causam perturbações na produção agrícola.

  • Doenças

As doenças também são muito comuns no campo e características das culturas, podendo surgir em qualquer etapa de desenvolvimento do cultivo. Quando não são controladas corretamente, também podem resultar na quebra de safra.

 

Além disso, por existirem doenças causadas por fungos, vírus e outros fitopatógenos, várias partes das plantas podem ser atacadas, causando diferentes danos. Esse cenário exige uma resposta rápida do produtor rural, para que seja possível reverter a situação.

  • Pragas e plantas daninhas

Você já percebeu como as pragas e plantas daninhas podem se alastrar rapidamente pela plantação? É preciso um cuidado maior do produtor, para conter essas pragas e evitar que elas alcancem outras áreas, evitando, assim, um problema ainda maior.

 

As plantas daninhas também podem crescer na mesma área de plantação, competindo por recursos com a lavoura, como os nutrientes, a água, a incidência solar e outros.

 

Pragas e plantas daninhas, quando não são bem controladas, podem causar quebra de safra. Por isso, é fundamental um manejo desses fitopatógenos, assim como ocorre com as doenças.

  • Escassez de água

Para o ser humano e a agricultura, a água é um recurso vital. No caso da agricultura, esse insumo é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do cultivo e, por isso, na sua escassez, a lavoura sofre prejuízos.

 

Além do estresse hídrico, a falta de água também compromete o enchimento dos grãos e a sua capacidade de crescimento. Por isso, é muito comum ouvir que nos períodos de seca, em algumas regiões do Brasil, as culturas são severamente afetadas.

 

Por que a produtividade da lavoura não é a única afetada pela quebra de safra?

 

Ao longo do texto, você deve ter percebido que a quebra de safra gera como consequência direta a redução significativa da produtividade, mas, na verdade, esse não é o único impacto.

 

Como esse cenário gera uma reação em cadeia, há impacto também no mercado e nos consumidores finais. Outras consequências da quebra de safra são:

  • Alimentos mais caros: com a alta procura pelos produtos agrícolas e a baixa oferta, os preços tendem a aumentar.
  • Comprometimento dos estoques: você já ouviu que os estoques mundiais de determinada commodity agrícola reduziram? Essa é uma das consequências da quebra de safra nos estoques mundiais.
  • Comprometimento no retorno do investimento: todo produtor rural que inicia uma nova safra espera receber o retorno do seu investimento. Mas com a quebra de safra, esse retorno é impactado significativamente. Nesse caso, ocorre o contrário, o produtor precisa arcar com novas despesas.
  • Insegurança alimentar: A falta de alimentos também contribui para aumentar o cenário de insegurança alimentar, principalmente se tratando de produtos agrícolas com alta demanda.

E como enfrentar cenários adversos?

 

De fato, o produtor não consegue controlar tudo e as perdas no campo podem acontecer independente de ações tomadas ou não. Contudo, em alguns casos é possível se preparar de forma assertiva para reverter esse cenário. Confira dicas a seguir:

  • Planejamento e monitoramento: planejar a safra é uma etapa básica em qualquer lavoura, já que, a partir desse processo, você tem consciência dos custos, insumos e do que pode acontecer ao cultivo. Da mesma forma, é importante monitorar a lavoura, identificando com antecedência fitopatógenos, bem como o clima da região.


  • Manejo do solo: identificar os possíveis riscos para a lavoura e iniciar o manejo, em algumas situações, também é uma forma de reduzir os impactos. Isso é eficaz, principalmente, no controle de pragas e doenças.


  • Investimento em tecnologia: a tecnologia aplicada no campo é uma realidade. Então, por que não usá-la para prever cenários adversos? É o caso do clima, onde você pode utilizar agrometeorologia para receber, com antecedência, informações climáticas da sua região e se preparar para o tempo ruim.


  • Gestão financeira: a gestão financeira do empreendimento rural também faz toda a diferença em momentos como este, principalmente se o produtor tem um reserva de emergência. Com uma boa gestão, uma quebra de safra não compromete significativamente a saúde financeira do negócio rural.


  • Tornando a atividade mais segura: muitos produtores também contratam o seguro agrícola como forma de proteger ainda mais o seu negócio e pelo menos obter ressarcimento dos prejuízos. Existem diversas modalidades de seguro com diferentes coberturas.

Conclusão

 

Assim como todo negócio, a atividade agrícola também possui riscos. Por mais que o produtor rural saiba planejar bem a sua safra, nem tudo está no seu controle, como é o caso de situações que provocam a quebra de safra.

 

No texto, você conferiu alguns fatores que podem motivar a quebra de safra, como os eventos climáticos adversos e a ocorrência de pragas e doenças. Além disso, pôde conferir quais as consequências para produtores, mercado e consumidores finais.

 

Para finalizar, no texto, abordamos também como contornar essas situações e não ter prejuízos que comprometam a saúde financeira do seu negócio.

 

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FONTES:

Broto – https://blog.broto.com.br/

Terra Magna – https://terramagna.com.br/

Aegro – https://blog.aegro.com.br/

Sensix – https://blog.sensix.ag/

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