Para cuidar da sua safra e afastar o risco de doenças e pragas, o produtor rural precisa pulverizar regularmente a plantação. Entenda mais sobre a prática de pulverização agrícola neste artigo.
No campo, as boas práticas de agricultura conferem maior produtividade e mais segurança para a lavoura, além de trazer mais rentabilidade final da safra. Para isso, o produtor rural conta com técnicas modernas e com a evolução da agricultura, que trazem para a linha de frente máquinas agrícolas que executam um trabalho eficiente e otimizado.
Entre as práticas que são capazes de evitar e controlar o surgimento de pragas, doenças e outros fitopatógenos na lavoura é a pulverização agrícola, muito executada por meio do pulverizador. Mas se engana quem pensa que o pulverizador só possui a função de distribuir o agroquímico na a área plantada, ele também tem a função de espalhar nutrientes e fertilizantes na lavoura.
Seja como for, a pulverização para dar resultados, ela não pode ser executada de qualquer maneira, é preciso definir como será feita a operação para atingir de fato o seu objetivo. Este material tem o objetivo de ajudar o produtor rural na pulverização agrícola. Veja como funciona a pulverização agrícola, o papel do pulverizador para uma melhor operação e os erros mais comuns na aplicação de defensivos agrícolas que você deve evitar na sua fazenda.
Como funciona a pulverização agrícola?
Dentro da cadeia produtiva, a lavoura precisa de uma série de cuidados para alcançar o melhor rendimento produtivo possível. Estes cuidados começam antes mesmo do plantio, com a escolha de sementes de qualidade e finaliza quando o produto agrícola chega ao consumidor final.
Entre as operações mais importantes para proteger a lavoura está a pulverização agrícola, um processo em que consiste na aplicação de produtos químicos na lavoura, de forma uniforme e assertiva, normalmente, feita por equipamentos como as máquinas pulverizadoras.
Para ter uma melhor efetividade, sabemos que o produto não pode ser simplesmente distribuído em toda área plantada. É preciso levantar dados como a quantidade, o preparo do produto, a modalidade de aplicação e outras informações importantes que podem ser obtidas por meio do receituário agronômico. Esse documento é emitido por um profissional capacitado e contém as principais instruções para a pulverização agrícola.
Além disso, contar com o auxílio da máquina agrícola correta, também faz grande diferença para a operação, já que é importante seguir o regulamento da máquina de acordo com a cultura e os objetivos da pulverização. Veja no próximo tópico o papel do pulverizador agrícola.
Como o pulverizador contribui para os melhores resultados no campo?
A tecnologia agregada nas máquinas pulverizadoras permite que o produtor rural obtenha resultados satisfatórios na operação e, para aumentar a produtividade do campo, é importante ter uma lavoura protegida. O papel do pulverizador no campo é disseminar pequenas gotículas de produtos químicos, normalmente misturados em água no processo que chamamos de calda, na lavoura.
Assim, com estas pequenas partículas, é possível que a planta absorva melhor o produto, sem que haja desperdício, risco de contaminação ou que não seja depositado no foco da operação. Com isso, o produto é distribuído uniformemente, na medida certa para a cultura e apenas nos locais necessários.
Para que seja feito, o produtor rural pode optar por vias aéreas ou terrestres. Atualmente, é possível encontrar diferentes tipos de equipamentos no mercado, que são indicados conforme as especificidades de cada fazenda.
- Pequenas e médias áreas
Para otimizar o trabalho, os pulverizadores costais, pistolas de pressão manuais são perfeitos para o serviços, já que possuem uma estrutura simplificada, podendo ser usados nas costas. A desvantagem desse modelo é que exigem um esforço físico maior. Por serem menores, suportam uma pequena quantidade de produto, adaptando-se a pequenas e médias extensões de terra ou demandas muito pontuais.
- Grandes áreas rurais
Já os produtores rurais que possuem grandes áreas rurais, que precisam de uma operação mais dinâmica, em um menor intervalo de tempo e mais preciso, o indicado são os pulverizadores autopropelidos, turbopulverizador e os pulverizadores aéreos, como drones, helicópteros ou aviões.
Estes equipamentos mais robustos possuem mais funcionalidades, conseguem cobrir uma considerável parte de terra em menos tempo e também tem uma boa capacidade para armazenar o agroquímico. Além disso, estes modelos dispensam a necessidade do produtor rural ter que parar sua operação para colocar mais produto, o que não seria viável.
O que evitar na hora de fazer a pulverização agrícola?
Para que a pulverização agrícola ocorra da melhor forma é necessário prestar atenção em alguns detalhes, como o volume da aplicação, a quantidade do produto a ser distribuído na lavoura, o tamanho das gotas e a pressão são alguns fatores decisivos para o sucesso da operação.
Mas você o que evitar na pulverização agrícola? Veja abaixo os erros mais comuns na aplicação de defensivos agrícolas e o que fazer para não cometê-los na sua fazenda:
- Falta de regulagem do equipamento
Os pulverizadores possuem diversas funcionalidades que permitem serem mais assertivos na distribuição dos agroquímicos em toda a área plantada. Dessa forma, é preciso revisar os bicos, a dosagem, a diluição e a agitação com antecedência, para ter uma aplicação de sucesso.
- Falta de calibração da máquina
Conforme a máquina vai sendo utilizada no campo, é natural que seus componentes sofram os efeitos do desgaste natural. Por isso, é importante se certificar que a máquina esteja corretamente calibrada antes de iniciar os trabalhos de pulverização. Além disso, é necessário abastecer os reservatórios de água do pulverizador, checar a distância entre os bicos e a velocidade do trabalho, considerando um terreno plano. Só assim o produtor rural poderá analisar se as condições da máquina se assemelham às condições ideais para a pulverização agrícola.
- Deixar de observar as condições climáticas
O clima possui forte influência na atividade rural e também pode interferir nas operações do campo. Quando o clima não favorece, é possível que a taxa de deriva, que é o produto que se dispersa no ar antes de chegar ao alvo, seja muito alta. Isto representa um desperdício de insumo e ineficiência da operação.
O recomendado é não realizar o procedimento quando o clima tiver uma das condições a seguir: ventos superiores a 10 km/h, previsão de chuva, baixa umidade e temperaturas altas ou baixas demais.
- Falta de manutenção dos bicos
Os bicos são um componente importante na aplicação de defensivos agrícolas, já que são responsáveis pela distribuição uniforme do produto químico. Por isso, é importante higienizar os bicos e realizar a sua troca sempre que houver necessidade, normalmente quando a média da vazão do bico ultrapassar em 10% a vazão de um novo bico.
Você viu que a pulverização agrícola é importante para manter a lavoura livre dos efeitos nocivos dos fitopatógenos e também distribuir por igual produtos químicos, sejam eles herbicidas, nutrientes e outros. Para isso, é fundamental se atentar a todas as etapas da operação para ter um bom resultado.
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Por Thais Rodrigues*
*Estagiária sob supervisão de Isabela Azi
FONTES:
Globo Rural – https://revistagloborural.globo.com/
Siagri – https://www.siagri.com.br/
Agropós – https://agropos.com.br/
